18 | 12 | 2024
Currículo para primeiro...
É bem provável que você use a internet para estudar ou já tenha feito alguma pesquisa para adquirir conhecimento. O acesso ao conhecimento ficou mais fácil com a tecnologia, mas isso também trouxe um problema: o plágio em trabalhos escolares.
Por mais que seja natural e recomendado fazer pesquisas, é importante saber citar os autores. Da mesma forma, os conceitos precisam ser referenciados do modo correto para evitar o plágio. Caso contrário, você poderá até incorrer em crime e sofrer sanções.
Então, que tal entender o que não pode ser feito nos trabalhos escolares para otimizar o ato de estudar em casa? Neste conteúdo, vamos explicar melhor. Saiba mais!
O plágio é qualquer cópia total ou parcial de conceitos e ideias sem a citação do devido autor. Ou seja, você apresenta um conteúdo ou um trecho de uma obra como se fosse seu, mesmo tendo sido criado por outra pessoa. Além de ser uma atitude antiética, também é uma violação aos direitos autorais.
Aqui, vale a pena ressaltar que a consulta a qualquer material físico ou online deve ser feita para a produção de trabalhos acadêmicos. No entanto, todos devem ser devidamente identificados por meio de referências e citações.
Inclusive, essa é uma indicação para ser um aluno protagonista, que corre atrás do conhecimento com o professor como um guia. O problema está em se apropriar de um conhecimento, teoria, conceito ou trecho que não é seu. Então, é fundamental entender essa diferença, já que muitos estudantes não a conhecem.
Com a internet, compreender o que é um plágio em trabalhos escolares passou a ser ainda mais relevante. Visto que as informações estão cada vez mais disponíveis e existem cópias nos próprios sites da rede mundial de computadores.
Além disso, ferramentas de inteligência artificial, como o ChatGPT, conseguem criar um conteúdo a partir de uma solicitação simples. Porém, esses sistemas utilizam textos que já existem na internet e apenas os reescrevem. Portanto, cometem plágios.
Dessa forma, é interessante que você conheça a tecnologia e saiba que ela tem algumas das profissões do futuro. Porém, deve saber usá-la a seu favor, para promover conhecimento, em vez de apenas fazer reproduções sem autorização do autor.
Veja, a seguir:
A informação está na internet, mas isso não significa que ela tem domínio público. Existe o chamado direito autoral, norma definida pela legislação para proteger o autor contra o uso de textos e criações suas, além de plágios em trabalhos escolares e qualquer outro tipo de conteúdo.
Além disso, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define como as citações devem ser feitas, a fim de padronizar o processo. Elas valem até para obras com domínio público, isto é, que já estão sem a proteção do direito autoral.
Ou seja, sempre que você copiar um trecho total ou parcial e reescrever um conceito ou ideia com as suas palavras, precisa indicar quem fez a produção original.
O plágio vai muito além da cópia de um trecho ou de uma obra inteira. Mudar as palavras ou alterar a ordem das frases ainda implica cópia, mesmo que algum software não a identifique em um primeiro momento.
O uso da tecnologia para a criação de conteúdos nem sempre é considerado plágio. Em um primeiro momento, é válido pela lei, porque o texto é criado por um sistema. Contudo, pode ser entendido como um plágio em trabalho escolar.
A ideia é que você consiga escrever a redação ou o material com as suas palavras. Por isso, o professor que identificar o uso desses sistemas pode dar zero e até aplicar outras punições.
Anotar o conteúdo visto em sala de aula para relembrá-lo e estudar é algo feito desde o início da educação formalizada. Portanto, é uma medida importante até para o reforço escolar.
Por outro lado, os diferentes métodos de anotações são feitos para consumo próprio, por assim dizer. Portanto, não existe plágio, já que não há divulgação em trabalho acadêmico.
Agora, se você pretender utilizar essas anotações para construir um argumento em uma pesquisa escolar, terá que fazer a referência. Inclusive, se vierem da fala de um professor em sala de aula.
Existem duas formas de fazer uma citação ou referência. A direta é aquela em que você coloca o trecho entre aspas. Então, cita o autor e deixa claro que foi outra pessoa que escreveu aquilo.
Já a indireta é aquela em que você reescreve o trecho. Nesse caso, deve usar alguns termos para fazer a indicação do autor original, por exemplo, “segundo”, “de acordo com”, “conforme” etc.
Ambas as situações podem ser plágio, se não constarem o autor original. Desse modo, o trecho reproduzido de forma indireta é, sim, uma reprodução indevida, se não tiver a indicação de quem o escreveu.
Existem três tipos. Confira os detalhes:
O plágio total é aquele em que é feita a cópia ou reprodução total da obra, com todas as palavras, isto é, de forma completa. Assim, você assume que aquele texto, trabalho, artigo etc. é seu, em vez de citar seu autor original.
O plágio parcial é aquele em que uma parte da obra é copiada ou reproduzida. Pode ser uma frase, um trecho, um parágrafo ou uma ou mais partes. Nesse caso, não há citação nem referência ao autor da obra.
Caso você coloque um trecho de forma direta, precisa escrever entre aspas e colocar a indicação de autoria. No modo indireto, você pode usar os termos já citados (“segundo”, “de acordo com” e “conforme”, por exemplo) e sinalizar quem escreveu aquela parte do texto originalmente.
O plágio conceitual é aquele em que você usa um conceito ou uma ideia como se fosse de sua autoria, mas retirou-o de outra pessoa. Ou seja, você simplesmente lê o texto e reescreve-o sem mencionar de onde tirou aquele trecho.
O plágio em trabalhos escolares é considerado crime por incorrer na lei de direitos autorais. Além disso, o objetivo do ensino formal é fomentar o conhecimento. Quando você apenas copia, deixa de exercer o pensamento crítico, fundamental para a formação do ser humano.
Portanto, estudar, escrever e criar faz parte da escola, inclusive porque ajuda a desenvolver habilidades socioemocionais, como o próprio pensamento crítico. Essa é uma forma de conseguir que os alunos sejam seres humanos mais completos e preparados para enfrentarem os desafios da vida adulta.
Em relação à Lei 9.610/1998, de direitos autorais, ela define que o plágio em trabalhos escolares (obras científicas) é um crime. Por isso, determina a indicação de autoria, sob pena de detenção de 3 meses a 1 ano ou multa.
O Código Penal também protege os direitos do autor e define que a pena é de até 4 anos de reclusão e multa. Ou seja, há embasamento legal para que as instituições de ensino estipulem suas próprias punições.
Tanto é que muitas universidades determinam que a realização de plágio leva à perda de vínculo com a instituição de ensino e da titulação acadêmica. Dessa forma, o aluno precisa refazer todo o processo para ingressar na graduação.
Por isso, é nas escolas de ensino fundamental e médio que se torna necessário treinar a escrita e o pensamento. Assim, você se prepara para os desafios futuros e consegue entender o que é plágio em trabalhos acadêmicos para não cometê-lo.
A citação direta é aquela em que você utiliza um trecho igual ao da obra original no seu trabalho. Assim, você escreve ipsis literis, isto é, sem alterações. Essa passagem deve ser destacada entre aspas e ainda é preciso informar:
Além disso, o final do trabalho e o rodapé devem conter a referência completa.
A citação indireta é caracterizada pela tradução do pensamento do autor da obra original com as suas palavras. Ou seja, você reescreve o trecho que leu, identificando que aquele pensamento é de outra pessoa.
Por isso, você precisa indicar o sobrenome do autor e o ano da publicação utilizada. Ainda faça a referência completa no rodapé e no final do trabalho.
Vale a pena destacar que esses dois tipos de citação devem ser complementados com as suas opiniões e conclusões sobre o assunto que está sendo discutido. Assim, ainda que você não crie algo novo, mostra ao professor que considerou e pensou aquele tema, e está exercendo seu pensamento crítico.
Para a construção de um trabalho escolar, você consultará vários sites, livros, gráficos, tabelas etc. Por mais que não cite nenhum trecho desses materiais, eles devem constar da referência bibliográfica.
Por quê? Basicamente, essa é uma forma de comprovar a sua pesquisa e mostrar como o seu pensamento foi desenvolvido com aquelas leituras.
Assim, ainda que não tenha citado nenhum trecho, a verdade é que você recebeu influência dessas obras e materiais. Portanto, eles devem ser mencionados ao final do trabalho para evitar plágio.
Seguindo essas dicas, você deixa de lado qualquer risco de cometer plágio em trabalhos escolares. Afinal, o objetivo de estudar é aprender, aumentar seu conhecimento e desenvolver seu pensamento crítico. Ao referenciar os materiais, alcançará esse objetivo e se preparará mais para os possíveis desafios acadêmicos que surgirem no futuro.
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