20 | 11 | 2024
Tipos de responsabilidade...
Você já se pegou estudando por horas a fio, buscando a memorização de um conteúdo, porém, passado alguns dias, percebeu que esqueceu tudo que aprendeu? Calma, não se preocupe, isso é muito comum!
Nosso cérebro é bombardeado constantemente por uma infinidade de estímulos, desde o aroma do seu café da manhã até a sensação da água quente do banho.
Segundo especialistas, são cerca de 11 milhões de bits de informação por segundo. No entanto, é humanamente impossível armazenar tudo isso.
Por isso, o cérebro seleciona o que é importante para lembrar e o que deve ser descartado. Então, se você deseja aprender como memorizar conteúdos, não apenas para uma prova, mas para a vida, continue a leitura.
A nossa memória é dividida em diferentes tipos. Por isso, entender os estilos de aprendizagem pode ser uma grande vantagem na hora de estudar ou se lembrar de algo importante. Confira:
A memória de curto prazo é aquela que armazenamos informações por um curto período, como um número de telefone que acabamos de ouvir.
Já a memória de longo prazo é aquela que nos permite armazenar informações por muito mais tempo, como o nome daquela pessoa que conhecemos há anos.
Por que isso acontece? A memória de curto prazo é armazenada e recuperada rapidamente, enquanto a memória de longo prazo precisa de mais tempo para se consolidar.
Por isso, quando queremos lembrar algo que aprendemos há muito tempo, geralmente precisamos de mais esforço e concentração nos estudos.
Sabe quando você lembra o que aconteceu no show do seu artista favorito com detalhes, como se sentiu no momento e até mesmo a roupa que estava usando? Isso é a memória episódica em ação.
Ela é responsável por registrar e armazenar acontecimentos específicos e pessoais, como se fosse uma espécie de diário da sua vida. É por isso que também é chamada de memória biográfica.
A memória semântica é aquela que guarda informações sobre fatos e conceitos que aprendemos ao longo da vida, como:
Além disso, essa memória é responsável por armazenar nosso conhecimento geral sobre o mundo, como as leis da física e as características dos seres vivos.
A memória processual armazena todas as habilidades e destrezas que aprendemos, como:
É aquela memória que nos permite fazer as coisas sem pensar muito, quase que de forma automática.
Muitos acham que memorizar e decorar são o mesmo, mas, na verdade, têm uma grande diferença.
Quando você memoriza algo, está entendendo e internalizando a informação, facilitando o acesso a ela na hora de lembrar depois.
Já decorar é como tentar prender algo na sua mente sem realmente entender o que está acontecendo. É como tentar decorar um número de telefone sem saber para que serve ou como usá-lo.
Pense neste exemplo: você precisa aprender uma lista de palavras novas em outro idioma. Ao apenas decorar cada uma delas, será bem difícil utilizá-las de maneira correta e fluida no futuro.
Por outro lado, se você memorizar o significado e contexto de cada palavra, fica mais fácil usá-las naturalmente em uma conversa.
Agora que você sabe que a memorização é a maneira mais correta de aprender a longo prazo, confira, a seguir, algumas dicas para implementar no dia a dia e facilitar o processo.
A técnica de resumos e mapas mentais pode ser uma grande aliada na hora de organizar as ideias e reter o conteúdo aprendido.
Na prática, funciona da seguinte forma: imagine que você está estudando sobre a Primeira Guerra Mundial. Após ler o livro ou assistir à aula, você começa a fazer um resumo com as informações essenciais, como:
Além disso, crie um mapa mental, que é um esquema gráfico que ajuda a visualizar as relações entre os conceitos.
Você pode desenhar um círculo no centro do papel com a palavra “Guerra” e, em torno dele, colocar setas que apontam para as palavras-chave relacionadas, como “Alianças”, “Trincheiras”, “Tecnologia” e “Paz”.
Mas não para por aí: releia seus resumos e mapas mentais para fortalecer a memória de longo prazo e consolidar o aprendizado. Que tal experimentar essa técnica na próxima vez que estiver estudando?
Uma das formas mais eficazes de aprender algo novo é associá-lo a algo que já conhecemos.
Ao realizar essa conexão, você está colocando a nova informação em um contexto familiar, facilitando a sua absorção e memorização.
É como se você estivesse “amarrando” a informação nova àquilo que já sabe, criando uma rede de conhecimento no seu cérebro.
Por exemplo, se estiver aprendendo sobre as propriedades químicas da água e, caso já saiba que a água é composta por hidrogênio e oxigênio, pode associar esses elementos a outros conceitos que já conhece, como a fórmula química da água (H₂O).
Dessa forma, o aprendizado fica muito mais fácil, não é mesmo? Essa técnica de associação de informações é tão poderosa que pode ser usada em várias áreas do conhecimento.
Quando você ensina algo para alguém, está colocando em prática a etapa de aplicação do aprendizado, ajudando a consolidar a informação na sua memória.
O cérebro aprende a partir da combinação de estímulos. Pesquisadores como William Glasser e Edgar Dale criaram sistemas que mostram como o estudo ativo funciona. Segundo eles, a porcentagem de retenção do conteúdo varia conforme a maneira de estudo.
Se você apenas lê algo, a retenção é de apenas 10%. Já ensinando o conteúdo a outra pessoa, a retenção pode chegar a 95%. É como se o nosso cérebro trabalhasse ainda mais para garantir que não passaremos vergonha na hora de explicar o assunto para alguém.
Você pode aplicar essa técnica com qualquer pessoa, seja um familiar, um amigo, um colega de trabalho ou até mesmo com você mesmo, mediante uma gravação de voz, por exemplo. A ideia é explicar o que aprendeu como se estivesse ensinando a outra pessoa.
Exercitar o que você aprendeu é fundamental para consolidar o conhecimento e memorizar os conteúdos. Afinal, nada melhor do que colocar em prática tudo o que você estudou. Assim, existem diversas maneiras de fazer isso.
Uma opção é fazer simulados. Portanto, se está estudando para uma prova, pode encontrar simulados online que ajudam a testar seus conhecimentos e ver em que pontos ainda precisa melhorar.
Outra ideia similar é resolver listas de exercícios. Muitos livros e apostilas contam com exercícios que complementam o conteúdo estudado. Eles são uma ótima forma de fixar o conhecimento e entender melhor como aplicá-lo em diferentes situações.
Você também pode participar de jogos de perguntas e respostas. Existem várias opções, estilo “Quest”, que testam seus conhecimentos em diferentes áreas. Além disso, que tal desafiar sua mente com problemas de lógica? O Sudoku e as palavras-cruzadas são excelentes alternativas para treinar sua memória e raciocínio.
Relacionando-se com as perguntas e respostas, o flashcard é uma técnica de memorização prática e eficaz. Seu funcionamento é bem simples: escreva uma pergunta na frente do cartão e a resposta no verso. O objetivo é responder corretamente.
Para ficar mais fácil de entender, suponhamos que você esteja estudando inglês e queira memorizar o vocabulário de frutas. Escreva “What ‘s the English word for ‘maçã’?” na frente do cartão e “Apple” no verso.
A grande vantagem dos flashcards é que utilizam a etapa de aplicação do aprendizado, o que significa que você não está apenas lendo ou ouvindo o conteúdo, mas colocando em prática o que está aprendendo. Afinal, isso ajuda o seu cérebro a fixar melhor as informações.
Gostou de aprender o que é memorização e quais as melhores formas de lembrar os conteúdos aprendidos? Então, não deixe de colocar em prática as dicas acima no seu dia a dia para aprimorar seus estudos e aprender de forma mais eficiente. Assim, você garantirá melhores resultados nas provas, vestibulares, permitindo que se lembre de informações importantes mesmo após muito tempo.
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