Habilidades cognitivas: como desenvolver nas crianças

Desenvolvimento Pessoal
31 | 05 | 2023

A infância é um dos principais momentos da vida, responsável pelo desenvolvimento humano em vários aspectos. Um deles é o das habilidades cognitivas, que faz com que as crianças avancem no processo de compreensão lógica do mundo e construam o conhecimento.

Por mais que o termo pareça distante, as habilidades cognitivas levam a um aprendizado mais rápido, tanto na escola quanto na vida. Por isso, é fundamental saber estimular seu desenvolvimento pessoal e profissional.

Entenda melhor o que são as habilidades cognitivas, o que representam e como incentivá-las. Continue a leitura!

O que são habilidades cognitivas?

As habilidades cognitivas são as capacidades mentais desenvolvidas ao longo do crescimento para favorecer o processo de construção do conhecimento. Assim, elas permitem que o cérebro processe tudo o que vê, sente e ouve. Alguns exemplos são:

  • atenção;
  • memória;
  • planejamento;
  • linguagem;
  • concentração;
  • criatividade.

Segundo o psicólogo Jean Piaget, o desenvolvimento da cognição acontece em quatro estágios. São eles:

  • sensório-motor: vai do nascimento aos 2 anos. O foco é a inteligência prática, com domínio dos reflexos;
  • pré-operatório: segue dos 2 aos 6 anos. É o período em que a criança é egocêntrica e não se coloca no lugar de outras pessoas;
  • operatório concreto: vai dos 7 aos 12 anos. É o início do desenvolvimento da lógica, com a organização e a sistematização de informações;
  • operações formais: segue dos 12 anos em diante. Há o amadurecimento dos conceitos devido às abstrações, à lógica formal e à imaginação de situações. Alcança-se o equilíbrio e um padrão intelectual.

Ao estimular as habilidades cognitivas da criança, ela consegue se desenvolver de forma completa. Assim, entende melhor o que se passa ao seu redor e como pode contribuir para a sociedade e para si.

Qual é a importância das habilidades cognitivas para a vida?

A importância das habilidades cognitivas para a vida é garantir a boa interpretação das informações. Portanto, é uma forma de fazer uma análise mais aprofundada de causa e efeito, permitindo que a criança desenvolva a empatia e o senso de responsabilidade

Dessa forma, também consegue tomar melhores decisões durante a vida. Com isso, vários benefícios são percebidos com o desenvolvimento de capacidades intelectuais.

Veja quais são os principais!

Aumento da coordenação motora

Por meio das brincadeiras, a criança aprende, estimula sua criatividade e utiliza recursos da coordenação motora, gerando mais consciência corporal. Como resultado, consegue-se explorar o mundo com eficiência e segurança.

Melhoria da capacidade de memória

Tanto na vida escolar quanto profissional, é essencial ter boa memória para lembrar o que precisa ser feito em cada caso. Com a cognição, portanto, é possível lembrar melhor dos conteúdos e conhecimentos assimilados, revisitando-os sempre que necessário.

Concentração

Conseguir focar e ter concentração nos estudos e em outras situações da vida é fundamental. Isso gera condições de encontrar soluções inovadoras, ter uma boa produtividade e atingir melhores resultados.

Responsabilidade

O senso de responsabilidade precisa ser desenvolvido com a criança, porque ela precisará dele durante toda a vida. Assim, isso ajuda a ter melhor desempenho na escola, no ensino superior e no trabalho.

Além disso, também contribui nas relações interpessoais. Afinal, é uma pessoa que sabe que precisa agir com justiça e empaticamente com todos.

Quais são os tipos de habilidades cognitivas?

Os tipos de habilidades cognitivas são:

Atenção

Consiste na capacidade de focar situações e estímulos específicos. Eles podem ser externos, como cheiros e sons, ou internos, como os pensamentos. Isso é especialmente relevante em um mundo cheio de tecnologia.

Dessa forma, para desenvolver a habilidade, você deve incentivar a criança a brincar com jogos complexos, como o xadrez. Atividades que estimulam a atenção, como “vivo ou morto”, também são indicadas.

Com o crescimento, vale a pena investir em meditação ou o dolce far niente, como dizem os italianos. Ou seja, é essencial mostrar para a criança que ela pode ficar “sem fazer nada” e que o ócio é útil para se reencontrar e ter ideias. Isso pode ser incentivado, por exemplo, por meio do contato com a natureza e técnicas de respiração.

Foco

É a capacidade de ignorar estímulos irrelevantes e prestar atenção somente ao que realmente importa. Por exemplo, ao sair na rua, há muitos sons e cheiros. Normalmente, percebemos apenas alguns. Afinal, isso é ter foco.

Para estimulá-lo, é imprescindível oferecer passatempos, que auxiliem a prestar atenção em uma atividade específica. Assim, algumas atividades indicadas são jogos, como dos sete erros e labirintos.

Criatividade

Ter criatividade significa ser capaz de inventar, criar, construir ou ter uma ideia diferente. Isso é conquistado pela associação de conhecimentos e ideias que nem sempre estão relacionados ao problema.

Portanto, quanto mais repertório cultural a criança tiver, melhor. Na prática, saber como estimular a criatividade tem várias possibilidades, como:

  • dança;
  • canto;
  • instrumento musical;
  • desenho;
  • pintura;
  • imaginação.

Assim, brincar com uma boneca ou um carrinho permite que a criança desenvolva essa habilidade e incentive sua imaginação.

Linguagem

É a habilidade cognitiva de expressar o pensamento. Assim, até parece algo simples, mas isso requer capacidade de organização, tanto na forma escrita quanto falada.

Por isso, uma das melhores formas de desenvolver a linguagem é por meio da leitura. No entanto, outras atividades contribuem, como:

  • conversar com a criança;
  • cantar com ela;
  • escrever histórias;
  • atividades extracurriculares;
  • aprendizado de novas palavras.

Emoção

As emoções podem ser positivas ou negativas, influenciando em como a criança se sente e pensa diante de diferentes contextos e situações. Portanto, as habilidades socioemocionais são essenciais para ter um bom convívio social e relações interpessoais saudáveis.

Para estimular, faça caretas com a criança, mostrando como é a expressão facial ao ter sentimentos, como:

  • alegria;
  • raiva;
  • tristeza;
  • medo;
  • surpresa.

Além disso, utilize brincadeiras antigas, como “vaca amarela” e “estátua”, para estimular o autocontrole e o domínio das emoções. Afinal, a criança terá que ficar parada.

Portanto, fica claro que os pais têm um papel fundamental no desenvolvimento das habilidades cognitivas dos filhos. No entanto, a escola contribui de forma ativa também. 

Mais do que oferecer o ensino formal, é preciso criar estratégias para que a criança evolua de modo completo enquanto estuda e adquire conhecimentos. Dessa forma, ela será um ser humano com formação integral e preparado para os desafios da vida.

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